terça-feira, 31 de maio de 2011

Princípios Fundamentais de Um Praticante de Karate-Do

Este artigo é uma meditação em voz alta acerca da maneira correta de abordar, da forma tradicional, a prática do Karate-do ou qualquer arte do Budô (artes marciais tradicionais japonesas). E, para isso, nada melhor que esclarecer alguns pontos essenciais da prática. Também, é desejo do autor que estas linhas sirvam para considerar seriamente os valores e atitudes na prática que fazem a diferença entre o Budô e o desporto em geral, sem desprezo para os benefícios do mesmo.


                                              "Dojo" versus "Academia"

Na atualidade, quando um praticante de Karate-do se dispõe a ir treinar, diz: “vou à ‘Academia”; mas esta palavra “Academia” é entendida de forma diferente. Deve-se dizer: “Vou ao Dojo”, posto que, em japonês, Dojo é o lugar onde se realiza a Via, isto é, onde uma pessoa estuda a técnica de uma arte, ao mesmo tempo em que forja seu caráter, controla e canaliza suas emoções e instintos e evolui como ser humano. Tudo isso utilizando como instrumento a técnica da arte que tenha sido escolhida, no nosso caso, o Karate.

Entretanto, quando uma pessoa diz: “vou à Academia”, geralmente isso implica em atividades ou atitudes lúdicas, recreativas ou hedonistas e, no melhor dos casos, buscam uma melhora da saúde ou da forma física. Portanto, uma vez meditado sobre estes dois termos (Academia-Dojo), o praticante de Karate-do, ou outra arte, poderá indagar-se por qual deles separar-se.



Para um praticante de karate-do ou qualquer artista marcial, a escolha será clara, posto que, qualquer benefício realmente enriquecedor que possa ser obtido por meio das atividades de “Academia”, pode ser obtido amplamente através da prática de uma arte como o Karate. Não obstante, o contrário não é possível, já que, qualquer arte do Budô comporta benefícios e entra em campos nos quais o esporte por si só, não tem acompanha.

  A atitude do praticante de Karate-do

Quando um praticante de Karate-do chega ao Dojo, deverá ter esclarecido que ali não só vai exercitar-se fisicamente, já que no treinamento, além do corpo, deve incluir a mente e o espírito. Estes três fatores são inseparáveis e devem ser treinados de uma maneira integral; para isso é necessária a total atenção e concentração nos nossos atos; ainda mais partindo do princípio de que deles pode depender a nossa vida ou a nossa integridade física.


É o que os mestres japoneses denominam o “Shingitai”. O Shingitai é o "valor triplo" daqueles que adquiriram a graduação de faixa preta, onde “Shin” é o valor de espírito, caráter moral, “Gi” indica a capacidade técnica da arte praticada e “Tai” a força e vigor físico do praticante. Outra interpretação seria: shin (céu), gi (terra) e tai (homem); O shingitai, reúne os três elementos.


Esclarecimento: quando realizamos um “gedan-barai” é evidente que é uma ação física, mas, o que é realmente importante não é a ação muscular, e sim a atitude e a intenção com a qual executamos a técnica, já que esta só será efetiva se realmente está envolvendo todo o nosso ser.

Como isto pode ser possível? Pensemos como é possível desenvolver técnicas eficazes:
·        Se durante a prática: distraímo-nos e falamos com os colegas;
·        Se pensamos e ocupamos nossa mente em coisas alheias à prática;
·        Se esperamos com ansiedade as pausas ou descansos e, além disso, as desperdiçamos conversando;
·        Se nos preocupamos com o tempo que falta para finalizar;
·        Se tememos que nos seja indicado um parceiro que treina muito forte;
·        Se pensamos - exteriorizando-o ou não, “aff, outra vez este Kata”;
·        Se duvidamos da metodologia do Sensei (aquele que viveu) e, em resumo, qualquer tipo de pensamento ou ação que nos afasta e distrai do sentido original da prática do Karate.
Por conseguinte, os praticantes deveriam adotar as seguintes normas:
- Evitar as distrações e interrupções sem motivo justificado.
- Realizar rapidamente e sem comentários desnecessários as mudanças de parceiro, para não romper a harmonia e o fluxo energético.
- Retirar-se para um lado do tatame no caso de se sentir mal; voltando ao mesmo quando se sentir melhor.
- Esperar as pausas (yame) ou os descansos (naore) para perguntar ao Sensei as dúvidas.
- Pedir a autorização do Sensei para treinar e para sair da aula.

O praticante sincero em todo momento praticará com os cinco sentidos em cada gesto, em cada ação ou em cada uma das técnicas que realizar; com a ideia de ser esta a última vez que pratica a arte e querendo saborear cada momento, cada instante, cada gesto.

Da mesma maneira, nos exercícios com  parceiro ou com colegas, dará com entusiasmo o melhor de si mesmo, com entrega e decisão em suas defesas e ataques; procurando a harmonia e o progresso mútuo.

Para isso, um karateca deverá evitar as seguintes condutas ou atitudes:

- Praticar sem motivação e sem tentar superar-se dia-a-dia.
- Falar, distrair-se ou não estar atento durante a prática.
- Correr o risco de se lesionar ou magoar os colegas por satisfazer seu ego, por ira, raiva, temor, etc.
- Que o grau ou os êxitos desportivos não lhe subam à cabeça.
- Sentir-se superior ou mais qualificado que outros colegas.
- Fazer-se notar, presumir ou alardear de proezas, etc.
- Tratar de impor critérios pessoais, até sabendo que não são os do Sensei.
- Questionar ou discutir os ensinamentos do Sensei ou alardear disso publicamente.
- Subestimar os outros se achando superior.
- Criar falta de amizade entre os colegas ou entre as pessoas.
- Falar mal ou criticar outras estilos de Karate ou outras artes marciais ou seus praticantes.
- Questionar os conhecimentos ou a desenvoltura do Sensei, dos Sempai ou de outros colegas.
- Dar opinião ou criticar acerca dos graus ou faixas concedidos pelo Sensei aos outros praticantes.
- Abusar da confiança do Sensei ou dos outros colegas.
- Ser violento, egoísta, orgulhoso, vaidoso ou mal intencionado.

Em resumo, seria muito de desejar que os praticantes se entregassem ao máximo nas aulas, como se sua vida disso dependesse; mas sempre com o domínio físico e emocional que dá o bom senso. Além disso, em todo momento dará atenção a manter de fora as suas debilidades, defeitos ou tentações que quotidianamente nos miram, esperando ver uma abertura no nosso kamae (nossa guarda), metaforicamente falando.

Outro aspecto, e o mais importante de todos segundo o Mestre Gichin Funakoshi: é que:



O Karate-do pode e deve ser praticado durante todo o dia e isto é possível sendo plenamente conscientes de nossos atos em todo momento. Por exemplo: treinando nossa respiração; com a postura corporal correta; com a nossa atitude com relação aos outros; com a atenção ao meio e, em síntese, enfrentando os problemas quotidianos com espírito de Karate-do”.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Kime academia dos Campeões: Segunda Etapa do Circuito Regional Sul/Sudoeste Mi...

Kime academia dos Campeões: Segunda Etapa do Circuito Regional Sul/Sudoeste Mi...: " Aos Presidentes de Clubes Filiados, Prezados Senhores, Vimos convidar-lhes para participarem da Segunda Etapa do Circuito Regional ..."

Segunda Etapa do Circuito Regional Sul/Sudoeste Mineiro/FMK



 Aos Presidentes de Clubes Filiados,

Prezados Senhores,

Vimos convidar-lhes para participarem da Segunda Etapa do Circuito Regional Sul/ Sudoeste Mineiro da Federação Mineira de Karate, que será realizado no dia 12 de Junho, na cidade de Areado, conforme programação que segue: Local: Ginásio Poliesportivo Venerano Braz da Silveira – Pça Venceslau Braz – Bairro Rosário – Areado - MG Organizador Chefe: Professor David dos Santos Melo – Fone: (35) 9107-6607 / 9837-3750

PROGRAMAÇÃO

08:30 Horas: Concentração de Atletas e Conferência das Chaves
09:00 Horas: Abertura Oficial do Evento - 09:30 Horas: Início das Competições - 17:00 Horas: Previsão de Encerramento

INSCRIÇÕES

Até o dia 08 de Junho, Na Ficha Oficial de Inscrição,
Via Fax: (35) 3561-1188 A/C Delegacia Regional de Karate ou E-mail: delegaciaregionalssm@hotmail.com
Taxa de inscrição: R$ 35,00 (trinta e cinco reais), podendo participar nas duas Modalidades KATA E KUMITE
Alojamentos: Haverá Alojamento disponível. Entrar em contato com o organizador, Prof.David Melo
Hotel e Restaurantes Conveniados: Areado Hotel – Pça.Henrique Vieira, 108- Centro \ Tel.(35)3293-1422 Atenciosamente,

REGULAMENTO GERAL DO CIRCUITO REGIONAL SUL-SUDOESTE MINEIRO FMK/2011

- Os clubes e atletas não poderão se associar para participar das etapas. (Pedimos aos professores que participem representando seus Dojos e suas cidades para que possamos assim fazer uma divulgação melhor sobre seu trabalho)
- Todos os clubes e atletas participantes deverão estar devidamente filiados a Federação Mineira de Karate para somar pontos no ranking geral de clubes e atletas;
- Os técnicos e delegados que atuarão nas etapas do circuito deverão estar devidamente uniformizados conforme determinação FMK, portando credencial para o ano de 2011;
- Todas as delegações participantes deverão participar do desfile de abertura, portando um banner da sua escola ou bandeira da sua cidade.

KATA:

Nas categorias até faixa verde, katas básicos do estilo e um livre nas disputas por medalhas; Nas categorias faixa roxa a preta, regras WKF, CBK E FMK;

KUMITE:

Nas categorias de kumite seguem as regras WKF, CBK E FMK; TAXA DE PARTICIPAÇÃO: Será cobrada uma taxa de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) por atleta, podendo participar nas duas modalidades: kata e kumitê;

Katas de Base por Estilo
Shoto Heian - 1º ao 5º - Tekki 1º ao 3º
Wado Pinan - 1º ao 5º - Naihanchi
Goju Geikisai Ichi e Ni Sanchin e Tensho
Shito Ten-no-Kata, Ti-no-Kata, Pinan 1º ao 5º
Shorin Naihanchi 1º ao 3º e Pinhan de 1º ao 5º

Kime academia dos Campeões: Reigisaho: o protocolo ou cerimonial do Karate-do

Kime academia dos Campeões: Reigisaho: o protocolo ou cerimonial do Karate-do: "Reigisaho Às vezes, devido ao trato do dia-a-dia, à amizade mal entendida, a um excesso de confiança; ou simplesmente por desconheciment..."

Reigisaho: o protocolo ou cerimonial do Karate-do

Reigisaho


Às vezes, devido ao trato do dia-a-dia, à amizade mal entendida, a um excesso de confiança; ou simplesmente por desconhecimento, o Reigisaho ou normas de conduta no Dojo é mal interpretado e pior utilizado. São exemplos claros disto: não saber comportar-se num tatame, não guardar a compostura adequada, falta de pontualidade na aula e falta de seriedade e responsabilidade na prática. Estas más atitudes degeneram numa falta de respeito e de consideração com o Sensei, com os colegas e consigo mesmo. Sendo situações pouco desejáveis que podem derivar em negligência, informalidade e adulteração dos valores do Karate-do. 

Por isso, os alunos devem entender que, ainda que por vezes o Sensei não lhes chame a atenção direta ou explicitamente, isto não quer dizer que o comportamento incorreto do estudante passe sem ser visto ou não interesse ao Sensei. Por isso, os Senpais ou estudantes mais avançados devem guiar, aconselhar e corrigir os Kohai (principiantes) para que estes não se confundam na atitude. Além disso, deve ensinar-se aos novatos que após muitos anos de prática é normal que os mais veteranos obtenham pequenos benefícios ou licenças para com o Sensei, ainda que isto suponha também um grande compromisso com ele e obrigações com a prática.

A forma correta de dirigir-se a um Sensei é inclinar-se respeitosamente ao cumprimentar (rei), o qual ele nos retribuirá solicitamente. Quando ele pergunta se percebemos uma explicação, para responder afirmativamente pronunciamos o vocábulo OSS, o qual serve para: afirmar, saudar, animar, motivar, como agradecimento, etc.



Outro componente importante no Reigisaho ou cerimonial do Karate, são os cumprimentos (rei); os quais, longe de ser normas de submissão ou cometimento dos estudantes menos avançados, são excelentes normas de cortesia, respeito ou agradecimento e também agem incentivando e favorecendo a atenção e a atitude adequada.

Quando um estudante chega à beira da entrada do Dojo (tatame) e a aula ainda não começou, ou seja, sendo pontual, deve cumprimentar na direção do kamiza, (lugar de honra destinado às fotografias dos fundadores da arte ou do estilo, a símbolos e bandeiras, etc.). Esta saudação é uma demonstração de agradecimento aos fundadores da arte e por sua vez lembra-nos a humildade e simplicidade do estudante. Se a aula já se iniciou, situamo-nos num lugar onde o Sensei possa ver-nos, sentados em seiza ou em pé, se é hábito, e esperamos sua autorização para depois realizar o cumprimento ao kamiza e ao Sensei. Após isto, situamo-nos no lugar do Dojo em que menos interrompemos e procedemos a aquecer em silêncio e sem interferir na aula. Uma vez finalizado o aquecimento, dirigimo-nos ao Sensei com a saudação de exatidão e integramo-nos na aula.

Existem outros aspectos tais como a hierarquia Sensei – Senpai - Kohai.
Senpai significa irmão mais velho, ou no Karate-do, o aluno mais graduado e sua missão é colaborar com o Sensei, ajudando e aconselhando os mais principiantes na prática da arte. Kohai é indicativo dos alunos principiantes ou de menor grau. Os Senpai são de maior hierarquia conforme sua antiguidade e/ou grau.


A disposição nos cumprimentos ou cerimonial


Ao começo e no final da aula o Sensei se situa dando de costas para o kamiza, o Senpai de maior hierarquia de frente para o kamiza e à esquerda do Sensei, os outros estudantes a seguir ao Senpai, ficam alinhados em ordem decrescente de graduação. O Senpai de maior hierarquia é o encarregado de dirigir os cumprimentos ou cerimonial, de velar pela organização das filas e da disciplina geral. Em ausência do “Senpai maior” seu lugar será ocupado pelo seguinte na hierarquia.




De frente ao Kamiza (no lado oposto) encontra-se o Shimoza (lugar reservado para os estudantes), de onde estes cumprimentam o Sensei e em seguida o Senpai.

À esquerda do Kamiza encontra-se o Shimoseki (lado dos alunos de menor graduação) e à direita o Joseki (destinado aos alunos de mais alto grau). Ou seja, para cumprimentar, os alunos situam-se de maior a menor grau, desde o Joseki até o Shimoseki.

Enquanto à atitude nos cumprimentos (rei)
O cumprimento deve ser sincero, pois do contrário seria melhor não o fazer. Ainda que sincero e humilde, o cumprimento não deve estar desprovido da máxima atenção, já que no Karate o nível de alerta (Yoi) nunca diminui. Também é um bom hábito que no momento de finalizar um exercício com um colega(s) e ao mesmo tempo em que realizamos o cumprimento, agradeçamos verbalmente.

Outro aspecto importante a destacar é que se um Senpai se encontra dando a aula por incumbência do Sensei e em ausência deste; no suposto que um Senpai de maior hierarquia se integre na aula, o fará como um praticante a mais, ou então se situa num lado da sala, praticando sem interferir na aula. Outra questão é que o Senpai ou professor em funções considere mais apropriado oferecer ao Senpai de maior hierarquia a direção da aula, bem por própria decisão ou por conhecimento das preferências do Sensei. Mas esta não é uma regra fixa ou uma obrigação.


Justificação da utilização de termos e vozes Japonesas no Karate-do

Qual o praticante de Karate-do que não tenha pensado alguma vez:

“por que, sendo ocidentais, usamos os termos e vozes japonesas nas aulas de Karate?”

Pois bem, este fato pode ter várias razões. A primeira seria por preservar a tradição e continuar mantendo a ordem estabelecida pelos antigos mestres, se bem que esta justificação pode não ser convincente para todos. O segundo motivo seria que, utilizando termos que são do desconhecimento dos alunos, o professor adquire um misticismo e/ou superioridade mal entendida, fruto de utilizar uma gíria ou uma linguagem desconhecida para o principiante. Coisa semelhante acontece em alguns grupos profissionais, que em posse uma linguagem própria podem mostrar-se inacessíveis, ou simplesmente proteger sua informação. No entanto, quem adotasse esta conduta cairia por seu próprio peso. E ainda um terceiro argumento, para mim o mais autêntico e convincente, é que o fato de utilizar o vocabulário e vozes japonesas no Karate, permite que as expressões, términos e vozes desta arte tenham um caráter universal e possam ser compreendidos e utilizados de igual maneira por todos; ainda mais quando grande parte destas palavras ou vozes têm significado de origem simbólica.

Esclarecimento: Se pedíssemos a um japonês não praticante de Karate, que nos definisse as palavras bassai-dai, kime, bunkai, etc., certamente não saberia o que dizer ou diria algum absurdo para nós e que não teria nada a ver com o Karate-do.

Portanto, a utilização dos termos japoneses tradicionais na prática do Karate, em especial, e nas artes marciais em geral, possibilita que Karatekas de qualquer nacionalidade possam entender-se e praticar em harmonia, sem fronteiras idiomáticas.

Da mesma maneira, permite a um Sensei dirigir-se a um grupo de praticantes de diferentes nacionalidades e por meio de uma palavra em japonês fazer-se entender por todos. Isto é possível porque a palavra em japonês age no ouvinte como um símbolo, do qual os receptores conhecem a definição ou significado em seu próprio idioma; se não fosse assim, o Sensei teria que dizer e explicar a palavra ou conceito em tantos idiomas como diferentes nacionalidades pudessem existir num curso internacional.


Termos e Vozes básicas no Karate-do

Vozes utilizadas nos cumprimentos ou cerimonial de Karate:

Seiza: Assentar-se sobre os calcanhares. O grupo se ajoelha em direção ao Kamiza.
Mokuso: Concentração, meditação.
Mokuso Yame: Fim da concentração.
Oss: Expressão fonética, formada por dois caracteres. O primeiro “”osu”” significa literalmente “empurrar” ou “controlar. O segundo carácter “”Shinobu”” tem o significado literal de "paciência, aguentar, sofrer".
Otagai ni rei: Cumprimento mútuo (entre os alunos).
Ritsu rei: Cumprimento em pé.
Sensei ni rei: Cumprimento ao Mestre.
Senpai ni rei: Cumprimento ao(s) aluno(s) mais graduado(s).
Shomen ni rei: Cumprimento ao “Shomen” que significa fonte. Designa também a parede no topo do Dojo onde está situado o Kamiza, lugar de referência da prática. Shomen Ni Rei significa, assim, saudar o cosmos e tudo o que nos supera. Significa também saudar os mestres atuais e todos os mestres antepassados.
Tate: Pôr-se em pé.
Zarei: Cumprimento desde Seiza (sentado sobre os calcanhares).

Termos mais usuais na prática de Karate-do
Bunkai: Aplicação das técnicas e movimentos de um Kata.
Hajime: Começar.
Kamae: Atitude e postura de alerta ou guarda.
Kata: Forma, conjunto de técnicas codificadas.
Kihon: Fundamentos técnicos.
Kihon-kumite: Exercícios de combate, já estabelecidos entre dois karatekas.
Kumite: Encontro, combate.
Mawate: Rotação, mudança de direção.
Naore: Recuperar a posição original, pausa ou descanso.
Yame: Parar.
Yoi: Prontos, preparados, em alerta.
Zanshin: Vigilância; é a ideia de manter um estado de máxima atenção até que realmente a ação para ou não existe perigo.

Este pequeno artigo não tem outra função que esclarecer alguns aspectos básicos na prática do Karate e, por extensão, a compreensão do Budô em geral. Portanto, não pretende estabelecer um Dogma de Fé, ainda que estas linhas orientem no caminho correto àqueles que se iniciam na prática do Karate, ou bem que sirva como informação da atitude adequada para aqueles que, com o passar dos anos, tenham se perdido, ou ainda que sirva de ajuda àqueles professores que se iniciam no ensino do Karate-do.

Sem mais, espero que estes simples parágrafos façam refletir, pois só a meditação acompanhada da prática nos fará compreender a riqueza e profundidade da prática do Karate-do.

Kime academia dos Campeões: Kihon IKGA - International Karate Do Goju Kai Asso...

Kime academia dos Campeões: Kihon IKGA - International Karate Do Goju Kai Asso...: "Kihon IKGA - International Karate Do Goju Kai Association ..."

Kihon IKGA - International Karate Do Goju Kai Associatio

Kihon IKGA - International Karate Do Goju Kai Association   


 













  KIHON IDO ICHI
Sanchin Dachi Chudan Uke No Kamae Hidari (postura inicial), fazer no mínimo 03 (três) vezes cada técnica e depois todas juntas:
1 - Jodan Uke em Sanchin Dachi
2 - Chudan Uke em Zenkutsu Dachi
3 - Gedan Barai em Shiko Dachi Shakaku
4 - Yoko Uke Shita Barai em Sanchin Dachi
Sanchin Dachi No Kamae Oi Tsuki Hidari (postura de transição)
5 - Jodan Zuki em Sanchin Dachi
6 - Chudan Zuki em Zenkutsu Dachi
7 - Chudan Zuki em Shiko Dachi Chakaku
8 - Hiji Ate em Zenkutsu Dachi
9 - Chudan Zuki em Shiko Dachi Chokaku
Sanchi Dachi Morote Kamae (postura de transição)
10 - Mae Geri em Sanchin Dachi
11 - Mae Geri em Zenkutsu Dachi
12 - Mawashi Geri em Han Zenkutsu Dachi
13 - Kansetsu Geri em Shiko Dachi Shakaku

KIHON IDO NI
Seiken Tsuki No Kamae Sanchin Dachi Hidari, postura inicial (fazer no mínimo 03 (três) vezes cada técnica, depois fazer todas juntas)
1 - Jodan Uke / Gyaku Zuki Chudan em Sanchin Dachi
2 - Chudan Uke / Gyaku Zuki Jodan em Zenkutsu Dachi
3 - Gedan Barai / Gyaku Zuki Chudan em Shiko Dachi Shakaku
4 - Yoko Uke Shitabarai / Morote Zuki em Sanchin Dachi
Seiken Tsuki No Kamae Sanchin Dachi Hidari (postura de transição)
5 - Gyaku Tsuki / Mae Geri em Sanchin Dachi
6 - Mae geri / Oi Tsuki em Zenkutsu Dachi
7 - Hiji Ate / Yonhondosa em Shiko Dachi Shakaku
8 - Hiji Ate / Gyaku Tsuki em Zenkutsu Dachi
9 - Tetsui / Ura Ken Uchi em Shiko Dachi Chokaku
Sanchi Dachi Kumite No Kamae Hidari:
10 - Kizami Geri / Mawashi Geri em Sanchin Dachi
11 - Mae Geri / Hiji Ate / Yondosa em Zenkutsu Dachi
12 - Sokuto Geri / Gyaku Zuki em Han Zenkutsu Dachi
13 - Kansetsu Geri / Age Tsuki / Yondosa em Shiko Dachi Shakaku

OYO IDO
Sanchin Dachi Kumite No Kamae Hidari, postura inicial (fazer no mínimo 03 (três) cada técnica)
1 - Sanchin Dachi SanBon Renzoku Zuki
2 - Sanchin Dachi Jodan Uke / Chudan Zuki, Mae Geri
3 - Suriashi Dachi, Uchi Uke / Jodan Hiki Zuki (Ayumi ashi - avançando com o pé de trás)
4 - Suriashi Dachi, Ura Uchi / Chudan Hiki Zuki (Yoriashi - avançando com o pé da frente)
5 - Suriashi Dachi, Mae Geri / Renzuki (Oi Zuki, Gyaku Zuki)
Moto Dachi Kumite No Kamae (postura de transição)
6 - Moto Dachi / Tsugiashi Renzuki
7 - Moto Dachi / Ayumiashi Renzuki
8 - Moto Dachi / Tsugiashi Mae Geri / Renzuki
9 - Moto Dachi / Hiki Ayumiashi / Chokaku Seiken Zuki / Sokuto Geri
10 - Moto Dachi / Yoriashi Ura Uchi / Gyaku Zuki / Mae Geri
11 - Moto Dachi / Kizami Mawashi Geri / Mae Geri / Oiashi Renzuki 
     
   

sábado, 28 de maio de 2011

Campeonato Brasileiro Juniores e Sub 21



Atleta da Academia Kime é  Convocado
Para a Seleção Mineira que Disputará o Campeonato Brasileiro de Karate

Nesta quarta-feira, dia 25 de maio, o atleta da Academia Kime recebeu a sua convocações para a Seleção Mineira, para a disputa do Campeonato Brasileiro Juniores e Campeonato Brasileiro Sub-21 que serão disputados entre os dias 17 e 19 de junho, na cidade de Camboriú-SC.

Matheus Rodrigues         Categoria 16 e 17 anos (Juniores) Até Faixa Verde, Kata e Kumitê


Parabéns e Boa Sorte Matheus!

Oss!

Kumite IKGA - International Karate Do Goju Kai Association
















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O Kumite Goju Ryu teve sua origem na Província de Fuchien, na região Sul da China, a grande maioria das técnicas utilizadas pressupunha-se um combate em um pequeno barco, desse modo, a luta era realizada com golpes curtos e circulares em bases também curtas para dar maior equilíbrio aos lutadores. Está forma de lutar era diametralmente oposta a forma de lutar das escolas do Norte da China, onde a os golpes eram sempre longos e em bases longas.
www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKumite/20110204094006/miyagikumite1.jpg
O Mestre Miyagi Chojun criador de nosso estilo, deixou para todos os praticantes de Karate Do Goju Ryu, dentre tantos, o seguinte ensinamento: Nunca seja golpeado, não bata nos outros e evite problemas a todo custo essas palavras expressam sucintamente tudo que os praticantes de Karate Do Goju Ryu deveriam saber. Não seja golpeado por niguém? significa ser forte, e nunca ser derrotado, não bata nos outros significa que a força deve sempre ter cuidado com a fraqueza, Evite problemas a todo custo significa buscar a paz interior, e ter consciência, que o nosso maior inimigo, está dentro de nós mesmos.
www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKumite/20110204094006/kumitemyagi.jpg
Antigamente no kumite não existam regras, a luta entre praticantes de Karate Do era considerado o último recurso. Nos tempos modernos, foi introduzido o Karate Do nas academias de esportes e nas universidades onde foram criadas regras para o kumite, tornando-o assim muito popular. Hoje em dia, mesmo quando este tipo de kumite é desenvolvido plenamente em uma competição com regras estabelecidas como em torneios, os ensinamentos do Mestre Miyagi ainda são perfeitamente verdadeiros.
www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKumite/20110204094006/kumite1.jpg
Kumite Goju-ryu é, como o nome diz, uma combinação infinita de elementos rígidos e flexíveis. A mistura das linhas lisas e curvas produzem tanto forças fracas quanto fortes, resultando na força máxima exercida usando uma quantidade de força limitada, assim usando a força do oponente em seu favor. A técnica do kumite Goju Ryu pode ser conectada a aqueles da física. Além disso, a idéia de macio é um estado mental assim como físico.
www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKumite/20110204094006/kumite.jpg
Goju-ryu kumite pode ser caracterizado também pela variedade de sucessivas técnicas de luta. Por exemplo, uke não significa que você esta fugindo do oponente. A distancia para o uke é igual para o ataque. A distinção entre ataque e defesa não esta claramente definida. A proximidade dos movimentos requer que você exerça o Maximo de força, com o giro do seu corpo, quadril e ombros.
www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKumite/20110204094006/kumite3.jpg
Na atualidade, existe uma grande variedade de regras e regulamentos para o kumite competitivo, dependendo da escola e do estilo do karate-do. A grosso modo falando, as regras para Kumite são divididos em três tipos: 1. Jyu Kumite: Sistema de contato total, no qual o contato com o oponente é permitido. 2. Shiai Kumite: Sistema de contagem de pontos, no qual os competidores ganham pontos, quando demonstram uma técnica efetiva. 3. Ipon Kumite: Sistema de avaliação compreensivo em um determinado tempo.

Praticar Goju Ryu é aprender a ser como a água: fluída em sua forma, por isso pode assumir todas as formas; calma e suave ou revolta, mas ambas com o poder de passar por quaisquer obstáculo, mesmo os de aparência mais resistente.

Miyagi Chojun

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Kime academia dos Campeões: Kata IKGA - International Karate Do Goju Kai Asso...

Kime academia dos Campeões: Kata IKGA - International Karate Do Goju Kai Asso...: "KATA GOJU KAI O kata é uma sequência de técnicas defensivas e ofensivas pré-estabelecidas, que é realizado individualmente (ou em grupo)..."

Kata IKGA - International Karate Do Goju Kai Association

KATA GOJU KAI

O kata é uma sequência de técnicas defensivas e ofensivas pré-estabelecidas, que é realizado individualmente (ou em grupo) contra vários adversários imaginários. Deve-se dar atenção especial a três aspectos fundamentais do Karate na execução do Kata:
1 - A contração e o relaxamento muscular.
2 - A expansão e contração do corpo no menor espaço de tempo e a velocidade que as técnicas são executadas (o somatório desses fundamentos é denominado Kime (explosão máxima do golpe).
3 - E o Embusen, ou linha de atuação, que é único para cada kata.


www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKata/20110204094006/gojufistmini.jpgApresenta-se a seguir o nome e significado das katas de Goju-Ryu. Muitos dos nomes são números chineses simbolizando conceitos budistas. Todos os katas começam com uma técnica de defesa, para nos lembrar que as artes marciais servem para nossa defesa e dos valores mais importantes da sociedade






www.ikgabrasil.com/Img/ConteudoKata/20110204094006/taikyoku.jpg

Taikyoko significa, literalmente, o primeiro estágio. Um termo filosófico para o seu significado: Forma original do Universo ou Universo em Construção. As versões de Goju-Ryu, mais especificamente, na linhagem japonesa conhecida como Goju-Kai, foram adaptadas por Gogen Yamaguchi que os adequou às peculiaridades do estilo, tal como o Shiko e o Sanchin Dachi. Todos eles seguem a movimentação básica em forma de H padrão. No estilo Goju-Kai, são dez formas de Taikyokos, treinados como formas introdutórias às séries fukyu. Os seis primeiros Taikyokos são derivados dos gekisais. Os quatro katas seguintes originam-se de katas avançados : Taikyoko kake-uke utiliza-se de partes do kata Shisochin; os katas Taikyokos mawashi-uke ichi e ni contêm aspectos do Seisan e Suparinpei. Assim, ao atingir um nível avançado, os praticantes estarão melhor preparados para as técnicas exigidas no estágio em que se encontram.

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Sanchin
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Significa (três batalhas). Ele não se refere a batalhas reais, ou físicas, mas a batalha interna que se aproveita do corpo, mente e espírito por meio da força de vontade. É um clássico do Kata rígido (GO), que envolve tensão muscular contínua por todo o corpo, bem como a rigidez do (Ibuki), ou seja, respiração. Esta respiração é alta, concentrada e intensa, e o kata é todo realizado na base Sanchin dachi.

Tensho
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Ten significa rodar e Sho significa mão aberta. Este kata foi desenvolvido pelo Sensei Chojun Miyagi da kata Rokkishu do stilo chines garsa branca. Rokkishu significa seis mãos e denota as diferentes posições de mãos neste kata. Tensho combina os movimentos com suavidade.
É a combinação entre a tensão com uma forte respiração e movimentos de mãos suaves e fluidos.


Gekisai dai ichi / Gekisai dai ni
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Significa ataque e destruição. Estas katas, foram inicialmente introduzidas pelo Sensei Chojun Miyagi em 1940. Este nome fica a dever-se à época em que foram criadas estas katas, o período da 2ª Guerra Mundial, Dai Ichi - número um, Dai Ni - número dois, além de ser composto de técnicas básicas que facilitam a aprendizagem posterior de técnicas mais complexas encontradas nos katas clássicos, a partir de Saifa.


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Saifa
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[align=justify]Saifa significa romper e esmagar ou esmagar e partir em várias partes. Esta kata é de origem chinesa e foi trazida para Okinawa pelo Sensei Kanryo Higaonna. Ataques para os lados e técnicas de libertação são realçados nesta kata. Os ataques são circulares com movimentos livres nas articulações do pulso, cotovelo e ombro como um chicote aumentando a velocidade e força.


Seiyunchin
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Significa Controlar e puxar. Esta kata é caracterizado pela respiração e movimentos lentos com muchimi. Todos os movimentos são técnicas de mãos, sem pontapés. Esta kata dá ênfase às posições fortes e estáveis e tal com o seu nome diz, existem muitas técnicas de puxar e atacar.



Shisochin
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Shisochin, significa ataque a quatro portas ou ataques e defesas em quatro direções podendo também significar literalmente, lutar em quatro direções. Uma razão para isso é que este Kata normalmente inclui uma combinação de técnicas executadas em quatro direções. Pode também ser uma representação dos quatro elementos representados pela medicina chinesa : madeira, fogo, metal e água, e o homem que representa a Terra. Também de origem chinesa, esta kata foi ensinado ao Sensei Kanryo Higaonna pelo Sensei Ryu Ryu Ko. Movimentos de esquiva e de empurrar são realçados por movimentos de anca acentuados. Para além de técnicas de empurrão para distanciar o oponente, esta kata contém também técnicas de corpo a corpo, tais como ataques e chaves às articulações. Diz-se ser um dos katas favoritos Chojun Miyagi, em seus últimos anos, e que estava bem adaptado ao seu corpo.


Sanseru
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Significa o número 36, calculado pela fórmula 6x6. O primeiro 6 representa a vista, a orelha, o nariz, a língua, o corpo e o espírito e o segundo 6 representa a cor, a voz, o paladar, o cheiro, o tacto e a justiça. A kata tem igualmente 36 movimentos.
É caracterizada por movimentos rápidos na defesa de ataques de curta distância. Foi estudado por Miyagi Sensei junto a um aluno direto de Ryu Ryuko Sensei durante sua estada em Fuzhou, China início em 1916, Escrito em caracteres chineses, Sanseiru é o número 36. Simbolicamente, é calculado a partir da fórmula 6×6. O primeiro 6 representa olhos, orelha, nariz, língua, corpo e espírito. O segundo seis simboliza a cor, voz, olfato, paladar, tato e justiça. Já outros atribuem sua designação numérica às raízes no budismo. É importante salientar que os números tiveram um papel muito importante na linguagem dos chineses mais antigos antes da invenção do kanji. A variação moderna para a interpretação numérica do Kata, é a de que eles se referem a um método sistemático e compreensão de determinados agrupamentos de pontos de pressão vital. A partir desta ciência é que as artes marciais foram baseadas e desenvolvidas. Feng Yiquan, que viveu durante a Dinastia Ming (1522-1567) desenvolveu este método particular de usar variações dos 36 pontos proibidos para derrotar seus oponentes. Sanseiru pode ser encontrado em alguns estilos de boxe Chinês


Sepai
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Significa o número 18, calculado a partir de 6x3. O número 6 representa o mesmo que o segundo 6 da Sanseru (cor, a voz, o paladar, o cheiro, o tacto e a justiça). O número 3 representa o bom, o mau e a paz. O número 6 também faz referência aos olhos, orelha, nariz, língua, corpo e espírito. O 3 representa bons, maus, e paz. Não há interpretações que o liguem a atribuos budistas, mas 18 também é entendido como pontos de pressão vital do oponente. Este Kata exemplifica o verdadeiro espírito do Goju-Ryu de Okinawa : uma mistura de flexibilidade, técnicas circulares (o princípio JU) com rididez (o princípio GO).

Sesan
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Significa o número 13 ou seja dizer treze mãos. Contém oito técnicas defensivas e cinco de ataque, todas executadas com mudanças de direção. Na China, o número treze representa boa sorte e prosperidade. Na escola tradicional Goju-Ryu, há técnicas onde recua-se ao mesmo tempo em que o oponente é envolvido ao ser agarrado, mantido sob controle, e atingindo em algum ponto vital de seu corpo. Este Kata é um exemplo perfeito desse princípio. Ela enfatiza o combate a curta distância, com socos curtos e técnicas e chutes baixos para romper a defesa do adversário. Seisan é um Kata muito importante no estilo Goju-Ryu e deve ser praticado continuamente, pois é muito rico em informações, técnicas e conhecimentos Esta kata dá ênfase à luta de curta distância com socos curtos e pontapés baixos em várias direções. É caracterizada pela combinação de técnicas rápidas e explosivas contrabalançando com técnicas lentas e pesadas executadas com muchimi.

Kururunfa
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Significa o número 19 ou parar o ataque que vem e partir. Nesta kata, sobressaem o Tai Sabaki e os movimentos rápidos, também pode significar calma eterna. Foi estabelecidodo pelo mestre chinês de Higaonna Kanryo Sensei, Ryu Ryuku, mas o criador original deste kata é desconhecido. Kururunfa contém uma grande variedade de técnicas de mão aberta e, especialmente, da coordenação entre técnicas de mão e quadril. Como o Seisan, os movimentos suaves do Kururunfa são seguidos por movimentos rígidos. Porém, neste kata, a diferença entre rígido e o flexível são muito mais notáveis ao observarmos os movimentos lentos e prolongados seguidos de pausas com devastadoras técnicas explosivas. Kururunfa simboliza os ideais de Go (rígido) e Ju (flexível), com transições rápidas e arrebatadoras.

Suparinpei
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Significa o número 108. O antigo nome desta kata era Pichurin. Havia também antigamente 3 variantes desta kata, o Dai, Chu e Sho. Atualmente pratica-se a variante Sho. O número 108 tem um significado especial no Budismo, visto que acreditam que há 108 paixões demoníacas. Calcula-se pela fórmula 36x3. O número 36 tem o mesmo significado de Sanseru e o número 3 representa o passado, o presente e o futuro. Suparinpei é o kata que contém o maior número de técnicas e variações. Seu significado sugere forte referência ao budismo: (Pechurin), Cento e oito (3×36 = 108). Acredita-se que o homem possua 108 paixões maléficas e, por isso, nos templos budistas, todo 31 de dezembro, à meia-noite, um sino soa 108 vezes para afugentar os espíritos do mal. O número 108 é calculado a partir de 3×36. O simbolismo do número 36 é o mesmo contido no Sanseiru. Entre as mais diversas técnicas, Suparinpei inclui o controle da respiração, e contém o maior número de aplicações com profundidade de significados. Este kata engana na medida em que parece simples na execução, mas quando combinado com as transições e aos tempos de execução, é superado apenas pelo Sanchin em dificuldade técnica e compreensão. Suas técnicas podem ser encontradas em alguns estilos de Boxe Chinês. Dizem que, dominar o Suparinpei é domínar do sistema Goju-Ryu.

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Esta classe de katas, somente deve ser executados a partir do 6º dan. Por se tratar de katas com significados muito profundos e que somente karatecas que após muitos anos de prática conseguem decifrar o significado de sua aplicação

Genkaku
Significa Garça misteriosa, Gen significa profundo, escuro, negro, misterioso, obscuro, e Kaku significa garça. Deste modo, podemos traduzir o nome deste Kata como Garça Negra ou Garça Misteriosa.

Chikaku
Significa Garça da terra, Chi quer dizer terra, solo, e Kaku, assim como no kata acima, pode ser entendido como garça. Portanto, a tradução deste Kata pode ser entendida como Garça da terra.

História dos Kimonos


             Originalmente, "Kimono" é a palavra japonesa para roupa. Mas, há questão de alguns anos, a palavra passou a ser usada para se referir especificamente a uma tradicional roupa japones
Os Kimonos, como conhecemos hoje, surgiram durante o período Heian (794-1192). Desde o período Nara (710-794), até então, os japoneses usaram basicamente conjuntos para separar as peças de cima e as de baixo (calças ou saias), ou peças únicas. Mas no período Heian, uma nova técnica de confecção do kimono foi desenvolvida. Conhecido como o método de corte em linha reta, envolveu o corte de peças de tecido em linhas retas e a costura em uma peça única. Com esta técnica, os fabricantes de kimono não precisavam se preocupar com a forma do corpo dos diferentes usuários.
O método de corte em linha reta ofereceu muitas vantagens aos kimonos. Eles eram fáceis de pregar e muito adequados para qualquer temperatura: poderiam ser usados em camadas para aquecer no inverno, e poderiam ser feitos em tecidos leves, tornando-se confortáveis para o verão. Essas vantagens ajudaram os Kimonos a fazer parte do cotidiano dos japoneses.
Com o passar do tempo, conforme o hábito de usar kimonos em camadas virou moda, os japoneses começaram a prestar atenção no modo como Kimonos de diferentes cores ficariam unidos e desenvolveram uma grande sensibilidade para cores. Basicamente, as combinações de cores representam tanto as cores da estação quanto as classes políticas às quais cada um pertencia. Foi durante esse tempo, que o que conhecemos como “combinação de cores tradicional japonesa” foi criada.
Durante os períodos Kamakura (1192 - 1338) e Muromachi (1338 - 1573), tanto homens como mulheres usaram kimonos brilhantemente coloridos. Os guerreiros vestiam-se com cores que representavam seus líderes e, algumas vezes, o campo de batalha era tão ostentoso quanto um desfile de moda.
Durante o período Edo (1600 - 1868), o clã do guerreiro Tokugawa reinou sobre o Japão. O país estava dividido entre os domínios, liderado pelos senhores feudais. Os samurais de cada domínio eram identificados pelas cores e modelos de seus "uniformes", que eram constituídos por: um kimono, uma peça sem mangas conhecida como kamishimo, usada sobre o kimono, e um hakama, uma calça parecida com uma saia dividida. O kamishimo era feito de linho, engomado para definir melhor os ombros.
Com tantas roupas para samurais precisando ser feitas, os fabricantes de kimono foram aperfeiçoando sua destreza e sua fabricação transformou-se em uma forma de arte. Os kimonos tornaram-se cada vez mais valiosos e os pais começaram a guardá-los para seus filhos, como uma herança de família.
Durante o período Meiji (1868 - 1912), o Japão foi fortemente influenciado por culturas estrangeiras. O governo encorajou as pessoas a adotarem os hábitos e o estilo de se vestir do Oeste Americano. O governo oficial e os militares foram obrigados por lei a usarem esse estilo de roupa para as funções oficiais (essa lei não tem mais efeito atualmente). Para os cidadãos comuns, era uma exigência usar kimono nas ocasiões formais com peças decoradas que trouxessem o escudo da família, para identificar sua procedência.
Nos dias de hoje, os japoneses raramente usam kimonos no dia-a-dia, reservando-os para ocasiões como casamentos, funerais, cerimoniais, ou outros eventos especiais, como festivais de verão.
O uso do kimono para prática do karate ou outras artes marciais que o adotam como vestimenta é expressamente importante para o boa apresentação da arte. Claro que não podemos esquecer de que os kimonos de hoje em dia são confeccionados exatamente para tal prática, portanto já testado e aprovado para facilitar a mobilidade do praticante durante os exercícios específicos. No karate em especial pode-se encontrar diferentes tipos de tecidos e materiais utilizados para confeccionar os kimonos. Poliéster, algodão, diferentes tipos de lona, microfibra, enfim, uma imensa variedade que permite ao próprio praticante escolher qual a melhor opção e em que tipo de material ele melhor se adapta.
 
VOU COMPRAR UM KIMONO, O QUE DEVO OBSERVAR?
 
CARACTERÍSTICAS
Antigamente encontravam-se somente tecidos de lona e mais pesados, tradicionalmente usavam-se esses tipos de kimonos que além de apresentarem maior durabilidade, moldavam-se melhor à definição das bases. Porém, com o passar do tempo, kimonos grossos e pesados foram cedendo lugar aos kimonos mais leves e que permitissem maior facilidade na movimentação dos membros superiores e inferiores.
APRESENTAÇÃO
O praticante deve sempre apresentar-se com seu kimono em perfeito estado de higiene; limpo e, sobretudo sem mal cheiro causado pela ausência de lavagem por muito tempo.
 
MANUTENÇÃO
A boa manutenção do kimono também poderá aumentar a durabilidade dele. Um kimono de boa qualidade pode durar de cinco a sete anos em bom estado de uso quando bem cuidado.
 
CUSTOS     
Os preços podem variar de acordo com a qualidade e o tipo de tecido. No mercado nacional você poderá encontrar kimonos entre 80 até 200 reais, enquanto que os kimonos importados de excelente qualidade podem chegar até 350 reais.
 
ESCOLHA
Na hora da escolha do seu kimono ou do seu filho (a) lembre-se sempre de que o material deve ser confortável como qualquer outra roupa, além de atentar-se para o tamanho, pois geralmente os kimonos possuem um percentual de encolhimento entre 3% e 5% do tamanho total. Lembre-se também que é um investimento que você estará fazendo, portanto tenha calma pesquisando e, caso necessário, pedindo ajuda a um profissional da área ou seu professor. Pesquise e escolha o kimono de acordo com suas condições e gosto e BONS TREINOS!
 
ALGUMAS MARCAS
Nacionais: MEIKYÔ, KIME, SHIROI, VEZO, ZANCHIN, ATAMA, TIGRE, entre outras.
Importadas: ADIDAS, TOKAIDO, SHUREIDO, KWON, KAMIKAZE, entre outras.
 
O KIMONO DE KARATE
Aos praticantes iniciantes, em suas primeiras aulas, propõe-se o uso de uma roupa confortável e leve que não apresente nenhum tipo de restrição aos movimentos de membros inferiores e superiores, deixando assim o aluno tranqüilo e despreocupado com sua roupa, concentrando-se apenas nos movimentos e técnicas propostas pelo professor e ou treinador. Após algumas aulas e na certeza da continuidade do aprendizado, o aluno deverá providenciar o Kimono de cor branca específico para a prática de karate. Lembre-se de que para a prática do Karate existem tipos e modelos de kimono que o mercado oferece, porém peça ajuda na sua escolha ao seu professor ou a algum aluno graduado, pois às vezes, pela falta de informação os alunos acabam adquirindo um kimono pensando no baixo custo e se esquecem da sua qualidade.
Um kimono de qualidade, quando cuidado, dura em média entre cinco a sete anos de treinamento. Porém, para crianças deve-se levar em consideração o crescimento físico e o menor desgaste pelo suor e substâncias liberadas pelo corpo diante aos treinamentos diários. Os tipos mais comuns de kimonos são de tecido mais grosso (conhecido por lona K10 e meddium canvas) e os mais leves start e standart. Tecidos como o brim, brim médio, lona, canelado e microfibra são exemplos de uma grande infinidade de materiais utilizados na confecção de um kimono.
Existem kimonos que oferecem maior mobilidade principalmente para as pernas, confeccionados em tecido mais leve e com elástico na cintura, o que facilita principalmente para as crianças.
O mercado esportivo oferece diferentes marcas e modelos, procure elembre-se de que você é o maior interessado em praticar o karate sem nenhum detalhe que dificulte sua concentração, então prove, pesquise e pergunte tudo que julgar necessário no momento da escolha da sua roupa de treinamento.