Numa linguagem pura e sem estrangeirismo, a arte é a capacidade que tem o homem de, dominando a matéria, pôr em prática uma ideia por meio de elementos visuais e táteis, reproduzindo formas da natureza ou realizando formas imaginárias.
A luta é entendida como o combate entre duas ou mais pessoas, armadas ou não, com a intenção de subjugar, pôr em fuga ou matar, no sentido mais “pesado” e direto. Pode também ser entendido como qualquer forma de competição de forças e de habilidades.
O esporte possui muitos significados. Consideramos ser um conjunto de exercícios físicos praticados com método, podendo ser individual ou em equipe.
O Karatê-Do é a evolução de uma forma de luta praticada de mãos vazias, que se transformou em arte marcial muito eficiente. Seu surgimento aconteceu em Okinawa, uma pequena ilha do Japão. Sua prática salvou muitas vidas e propriedades. O aspecto marcial decidiu a favor dos Okinawenses muitas vezes nas lutas, onde o troféu era a vida. Com a paz tornou-se instrumento de elevação espiritual e de educação.
Nas últimas décadas, com o surgimento do Karatê Moderno, uma nova atividade dessa arte marcial está sendo cultivada com relativo êxito: o Karatê-Do como esporte, diga-se de passagem, já é olímpico. Inúmeras competições estão sendo realizadas com o propósito de determinar a habilidade e a técnica de seus participantes.
Isso precisa ser destacado, porque existem sérios motivos para se lastimar. Há uma tendência muito forte em dar ênfase ao “vencer competições”, negligenciando os aspectos espirituais, filosóficos e a prática das técnicas fundamentais.
Sob este prisma, o Karatê-Do é uma luta que se transformou em arte marcial e, posteriormente, em esporte; todavia vale ressaltar que a essência do Karatê-Do não é a de formar lutadores e esportistas, mas sim, artistas marciais. O objetivo é o aprimoramento pessoal, colocando à prova o caráter, a personalidade, a alma e o organismo do praticante. Cidadãos honrados fazem do Karatê-Do a prática para alcançar uma melhor qualidade de vida.
(Retirado do Livro “O Caminho das Mãos Vazias” dos professores Marcos Antônio Teixeira Guimarães e Fernando Antônio Teixeira Guimarães).
“Para alcançar a vitória, é preciso colocar-se na pele do adversário.”
Provérbio Chinês
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